Hoje, volto ao lugar de sempre, no princípio dos tempos, onde sempre estiveste. Hoje, recomeço, renasço, reinvento, faço do meu pensamento o vento que te percorre, do meu deserto faço um lago, e do vazio te preencho com gente. Do meu tão cuidado silêncio faço grito, do meu labirinto faço um rio por onde desço até ao mar imenso dos teus olhos. Este é o meu mundo, aquele que se faz de montes e vales, de lagos e rios, de lágrimas e estios. É nele que te habito, é nele que vivo aquilo que em mim não consigo. Por isso, por mais que me afaste, por mais que vá, sempre volto. E tu, imensa como um universo, recebes-me sempre de braços abertos, a cada Primavera, a cada regresso. Deixas que descanse as asas, cuidas-me a alma exausta de tantas ausências, de tantas quimeras, é assim que me esperas.
Hoje volto, com os ventos da estação, com flores no coração, e reflexos de luz na alma, para ficar por mais um tempo, para sentir no teu corpo o meu alento e no teu canteiro florescer como flor acabada de nascer.
Hoje volto, com os ventos da estação, com flores no coração, e reflexos de luz na alma, para ficar por mais um tempo, para sentir no teu corpo o meu alento e no teu canteiro florescer como flor acabada de nascer.
Druida Noite
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