FLORES ACARICIAM-NOS A ALMA.!

FLORES ACARICIAM-NOS A ALMA.!
Flores são as coisas mais doces que Deus fez, e esqueceu de pôr uma alma nelas. Henry Beecher....Imagem: by Dialektus

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Presenteias-me...


Presenteias-me com ouro e pedras preciosas
Ofereces-me pedaços de mundo
A lua cortada em troços de luz
Que pousas na minha mão.
Sou senhora das estrelas
... Que apanhas no firmamento para me presentear.
Galgas montes e vales em busca da mais rara flor para me oferecer...
(...)
Arrancas o sol ao horizonte
Para colocá-lo em meu regaço
Sou Senhora do Universo!
Não há pedaço de mar que não sorvas para mim
E a areia da praia num guarda-jóias me reservas...

Quem sou?

Sim, exagero!

Eu sei!

Não podes oferecer-me a Lua em pedaços
Nem colocar estrelas na minha mão...
As flores raras...já não o são, ou estão extintas...
Sim, sei...o mar é imenso
E a areia...não caberia naquela caixinha...

Eu sei!

Não podes arrancar o sol ao horizonte
Senhora do Universo não sou...
Mas sinto-me uma fada
Com todo o poder do amor!

Céu Cruz

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Noite insone


Pétalas
desfolham
lágrimas
... nas noites
insones
do jardim
esperando
o caloroso
abraço
do sol
ao amanhecer!

Enice de Faria 22/02

Despedida breve


E porque sou folha caída
estalando
sob os passos da indiferença,
... varrida pelo vento agreste
dos silêncios que se erguem
como muralhas em meu redor,
parto como cheguei.
Só…
Tendo por bagagem
palavras nuas
de preconceitos e de pretensões
e as mãos vazias de ilusões.
Mas levo comigo
bátegas de chuva
transbordantes da mágoa
que nem o sol
nem o luar
aqueceram,
iluminaram,
aquietaram
e adormeceram...

© Rita Pais 2012

"PÉTALAS"

São as pétalas no caminho ,

São os sinais e o Carinho!

É o inventar
dum novo dia

É a seiva renovada

É a força da alegria
É a ilha da magia!

É o Ser! é o Estar!

Alvorecer de novo dia

É o dar! é o Receber!

São as pedras no caminho...

São os espinhos no carinho...

É o altar das nossas preces!
É o culto da minha Cruz!

São as pétalas do Caminho!

luizacaetano

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

"Primeira Rosa de Delos"

Eu conto as noites e reconto os dias
faço de tudo por chegar com pressa
pelos segredos que a mim contarias
no desempenho de gentil promessa.

E aqueço a alma com as noites frias
padeço dores que o doer não cessa,
enfuno o amor e agito as calmarias
das cinzas frias da paixão confessa.

Encanto flores num chorar de rosas
e pelos olhos das manhãs chuvosas
entro no arco-íris do regato em flor.

E tudo em mim reflete o desespero
por escutar da margem do canteiro
a rosa me chamar de “meu amor”!

Afonso Estebanez
(04.set.2008)

"Segunda Rosa de Delos"

Deixem minha alma florescer na lua
meu remoto canteiro de esperanças
ou me deixem viver num fim de rua
entre rosas baldias sem lembranças.

Saudade de horizontes me extenua.
Procurem-me nos olhos de crianças
onde o instinto dos deuses retribua
o beijo dos extremos das distâncias.

A calma dos jardins não faz sentido
a flor calada assim não se consente
e rosa num deserto é flor proscrita.

Consinta o coração sonhar perdido
e de perder-se meu amor aumente
o tanto quanto seja a alma infinita.

Afonso Estebanez
(Set.09.2008)

"Terceira Rosa de Delos"

Por causa de uma rosa me debruço
no muro do crepúsculo e entardeço
como a aurora afogada num soluço
da saudade sem pena onde padeço.

Minha rosa é o começo do percurso
ilhado na memória do que esqueço:
partícula de amor onde me embuço
como o pólen da luz onde anoiteço.

Ò, flor mediterrânea! minha calma!
escrava da esperança que suponho
livre ou cativa me serena e acalma

e não é pena se ao amor imponho.
É cativeiro que me prende a alma,
mas é destino que liberta o sonho.

Afonso Estebanez
(Set.16.2008)

"Quarta Rosa de Delos"

Procuro-te nos mares mais profundos
que guardo nas memórias navegadas
e ainda sinto teus plânctons oriundos
dos semens primitivos das enseadas.

Algum perfume é de jardins fecundos
e espinhos são das rosas fecundadas
pelo tempo infinito de outros mundos
onde o amor reviveu vidas passadas.

Que a eternidade é breve para a vida
de uma paixão sem termo pertencida
às sementes de amor do meu jardim.

E mesmo que jamais tu me percebas
entre os florais de rosas das veredas
o nosso amor vai se lembrar de mim!

Afonso Estebanez
(Set.29.2008)

" Quinta Rosa de Delos"

Hoje em dia ninguém diz mais: eu te amo!
porque convém que apaguem da memória
as lembranças do amor que algum engano
transformou em rascunho alguma história.

Então por quem dizer que ainda me ufano
de morrer-me de amor mesmo sem glória
se o que era sacro vem-me então profano
por quem a renascença é mais simplória?

Sempre cuidei transpor versões proibidas
contra os padrões formais das permitidas
que eu das paixões não descuidei jamais.

Mas os padrões de amor foram vencidos.
Transponho então as flores dos sentidos
e ‘te amo’ entre as roseiras dos quintais!


Afonso Estebanez
(Out.02.2008)

'SEXTA ROSA DE DELOS'


De tanto perder lembranças
relembrar deixou-me assim:
deslembrado de esperanças
que se esqueceram de mim.

Perdi os passos das danças
entre andanças do sem-fim
como os olhos das crianças
nos olhos de um querubim.

Um dia eu quis te esquecer
ô, rosa! – meu bem-querer
entre os espinhos da sorte.

Mas fui canto e passarinho
no aconchego de teu ninho
onde me esqueci da morte.


Afonso Estebanez

Jardim Interior


Todos os jardins deviam ser fechados,
com altos muros de um cinza muito pálido,
onde uma fonte
pudesse cantar
sozinha
entre o vermelho dos cravos.
O que mata um jardim não é mesmo
alguma ausência
nem o abandono...
O que mata um jardim é esse olhar vazio
de quem por eles passa indiferente.


Mário Quintana

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Poema Anjo





EU AMO VOCÊ...EU SEI E VOCÊ SABE, JÁ QUE A VIDA QUIS ASSIM QUE NADA NESSE MUNDO LEVARÁ VOCÊ DE MI!!!! JESUS ESTARÁ SEMPRE CONTIGO PROTEGENDO-TE......

http://youtu.be/Fehq7-kjELk

Banda Eva

Hoje eu acordei mais cedo
E fiquei te olhando dormir
Imaginei algum suposto medo
Para que tao logo
Pudesse te cobrir




Tenho cuidado de você
Todo esse tempo
Você esta sob o meu abraço
E minha proteção
Tenho visto você errar e crescer
Amar e voar
Você sabe onde pousar

Ao acordar já terei partido
Ficarei de longe, escondido
Mas sempre perto decerto
Como se eu fosse humano, vivo
Vivendo pra te cuidar, te proteger
Sem você me ver
Sem saber quem sou
Se sou anjo
Ou se sou
Seu amor





Acredita em anjo?
Pois e, sou o seu
Soube que anda triste
Que sente falta de alguém
Que não quer amar ninguém




Por isso estou aqui
Vim cuidar de você
Te proteger, te fazer sorrir
Te entender, te ouvir
E quando estiver cansada
Cantar pra você dormir




Te colocar
Sobre as minhas asas
Te apresentar
As estrelas do meu céu
Passar em Saturno e roubar
O seu mais lindo anel





Vou secar
Qualquer lagrima
Que ousar cair
Vou desviar todo mal
Do seu pensamento
Estar contigo a todo momento
Sem que você me veja
Vou fazer tudo
Que você deseja





Mas de repente
Você me beija
O coração dispara
E a consciência sente dor
E eu descubro que além de anjo
Eu posso ser seu amor...

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

As flores do campo, as flores da vida...


Flores campestres,
Brotam do ventre da terra!

Nascem sem mãos cuidadosas
Para plantarem, cultivarem,
Regarem e colherem-nas...

Como é bonito o mato,
Os caminhos com o encanto
Das flores caipirinhas!

Das flores branquinhas,
Amarelinhas, lilás e vermelhinhas,
Tão bonitinhas!

Apaixonantes...

Flores roceiras têm em vós,
Qualquer coisa do coração
Cá, matuto!
Vives, de modo singelo
Pouco te farta
E és forte de inverno
A verão!

Nada te abala!

Permaneces erguida, firme,
Nos tempos de maior sofreguidão...

Para plantar-te!

O vento,

A chuva,

Os passinhos...

Para cultivar-te, o canto dos pássaros,
E o amor do coração
Dos que se detém
A apreciar-te ornando os campos agrestes!

Para regar-te, bem resolvida,
Basta-te, por si só!

E para colher-te,
Um colibri enamorado
Que se alimenta de ti!
E tu te doas, apaixonada,
Alimentando-te também...


E o perfume agreste das flores , perfuma,
A labuta dessa criatura aqui,
Que sabe que em cada
Pedacinho de ser
Que enfeita a natureza
Tem nele contido
Um pedacinho de Deus,
Que cada um faz desse pedacinho, ramalhete de sonhos,
Colhido de flores tão simplistas
E tão raras para quem
Sabe vê-las, entendê-las e escrevê-las...
No coração rural,
Os versos que Deus escreveu em flores
Enfeitam o íntimo,
Fertilizando o coração de quem descobriu que
Os versos de uma mulher que ama a poesia
É acolhido pelo exalar das flores sertanejas
Que acariciam a alma, embriagando com seu perfume
Aconchegando em seu âmago
Fazendo aflorar, uma enorme certeza,
Que as flores que colhi dos campos,
Colho-as nos campos da vida


Marluce Freire Nascasbez 

ROSAS BRANCAS



 Se tudo na vida é relativo. . .
Relativa também é a idéia que cada um faz da felicidade.



Para uns, felicidade é dinheiro no bolso, cerveja na geladeira, roupa nova no armário.

 Para outros a felicidade representa o sucesso, a carreira brilhante, o simples fato de se achar importante, (ainda que na verdade as coisas não sejam bem assim).

Para outros tantos, ser feliz é conhecer o mundo, ter um conhecimento profundo das coisas da Terra e do Ar.

Mas para mim, ser feliz é diferente.
Ser feliz é ser gente, é ter vida. 
Que como dizia o poeta:  “É bonita, é bonita, é bonita...”


Felicidade é a família reunida.  É viver sem chegada, sem partida.  É sonhar, é chorar, é sorrir... 

Felicidade é viver cercado de amor, é plantar amizade, é o calor do abraço daquele amigo, que mesmo distante, lembrou de dizer: “Alô”.

 Ser feliz é acordar as cinco da matina, depois de ter ido dormir as três da madrugada, com sono e pra lá de cansado, só pra dar uma pontinha da cama, para o filho dormir.

Ser feliz é ter violetas na janela, é chá de maçã com canela, é pipoca na panela.

 É um CD bem méla-méla, para esquentar o coração.
Ser feliz é curtir sol radiante, frio aconchegante, chuvinha ou temporal.


Ser feliz é enxergar o outro (e sabe-se lá quantos outros, que cruzam nossa estrada).

Ser feliz é fazer da vida, uma grande aventura, a maior loucura, um enorme prazer.

Ser feliz é ser amigo, mas... Antes de tudo é ter amigos, exatamente assim:
COMO VOCÊ!